Sentado
no banco de madeira
o
tempo a aguardar o desenrolar da vida
a
queda das folhas e o badalar
dos
sinos, que o envie para casa
a
imaginar as linhas aleatórias
pendem
das caudas das folhas que caem
parece
que experimentam esferográficas
em
folhas de papel quedas de sentido
porque
estão tão vazias as folhas
as
ideias e os ideais
dos
homens e dos demais
os
que me querem furtar o tempo
e
as folhas que caem
e
as que permanecem por escrever
sem
tempo, sem folhas
sentado
num banco de madeira
a
aguardar o desenrolar da vida
ou
outra coisa qualquer
mais
simples que viver ou esperar
mais
simples que cair
como
uma simples folha em branco
que
sem destino
se
prostitui ao vento
a
mim que a espero, me cria algum desalento
E.M.Valmonte
As folhas caem sempre nas mãos daqueles que as esperam.
ResponderEliminar