sexta-feira, 23 de maio de 2014

Sítio


precisar do sítio daquele ser

de recordar o primeiro beijo

no sítio de esperar, o ensejo

do sítio, ou do próprio querer



sem sítio, a memória esquece

a luz, o tempo e as horas perdidas

daquele sítio, encontram-se as vidas

dum sítio sem vida, que adormece



sem sítio, o homem perece

pela recordação de si próprio

morrer num sítio que não merece



depois do sítio, encolhe a alma

na escolha da morte, que sem sítio

resta a sorte, no lugar de vivalma

E.M. Valmonte 


Agradeço à revista literária Sítio e ao blogue BranMorrighan pelo sítio que me deram.

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