Correm
lágrimas do teu rosto, dos teus para os meus
do
mesmo desgosto, da mesma maresia não queria
vergonha
de ensopar o lenço ao homem pequeno
choro
de parco senso coragem de o procurar no feno
ao
homem ao choro coro de vozes intermitentes
tem
medo de tremer sem dentes cego vago
chorar
de estupidez inunda mais que a dor
cravada
no peito o sabor de saber a doer de morrer
tão
devagar sem amar que a morte se esqueceu
que
também doeu daquela dor matina do ouro
prata
platina da esmola que fez comer os olhos
do
teus para os meus última lágrima bufar do touro
investe
porque se despe à noite que não dormiu
despe-se
deita-se escorre o último lamento
morreu
de morrer de sofrimento de ti de outro
corpo
morto enxaguo os restos dos podres dos
pobres
sem
lenço de limpar lágrimas de amores infinitos
E.M. Valmonte
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