Canguru
Mais bonito que ver um filho deitado no
peito de uma mãe, como se toda a sua prematura vida tivesse sido feita ali, é
ver a dedicação de uma mãe, aflita, em cuidar do seu filho, como se toda a sua
vida tivesse sido encaminhada para ali.
É do sangue. Não cheira a sangue, mas
sente-se o correr nas veias. Eles sentem-se um ao outro como se a vida
dependesse daquele contacto.
Pele com pele, coração com coração, o
calor ensandece de tanto aquecer. Os miúdos crescem e tornam-se maduros. As
mães choram, mas tornam-se futuros. Os pais também choram, e de emoção, tornam-se mais duros.
Ele abriu os pequenos olhos de amora.
Procurou as sombras da mãe. Ela sussurrou-lhe ao ouvido, o caminho de se encontrar
uma mãe. Descansado, voltou a aninhar-se naquele lugar de onde nunca devia ter
saído.
Foi assim que continuaram a felicidade,
pela tarde fora.
Nuno Miranda de Torres
E eu aninhei-me na beleza desta prosa tão macia :)
ResponderEliminarMiss smile
EliminarVem em boa altura. Estamos num capítulo de mais sorrisos e uma miss smile será sempre bem vinda nos primeiros sorrisos da história.
Muito Obrigado pelas suas palavras.
E que continuem a felicidade pela vida fora.
ResponderEliminarOutro abraço, Nuno. Que bom é ler estes posts.
Com certeza que a partir de agora a vida será mais fácil. Pelo menos é o que esperamos.
EliminarObrigado.