domingo, 7 de abril de 2013
O manifesto do Joaquim
Estás feio
magro
doente
e sujo
do pó dos teus livros
da cinza dos fiéis cigarros
a fuligem dos que te enganam
-Desculpa!
dos que te amam…
dos abraços de outrora
fazes foice nas tuas pernas
e dos olhares de soslaio…
a leve pena que te assusta
agora martelo que te custa
de seres memória no fumo que expiras
É melhor fecharmos o livro
sem marcador nem vinco na página
talvez o leias mais tarde
quando o corpo, a alma e o medo
deixarem de sofrer contigo
acho que quero morrer
mas não completamente só
sozinho serei fascista do tempo
e dói!
dói tanto como doeu ontem
quando me estatelei no chão
e na terra onde nasci
nada me acolheu senão a dor
a minha admirável dor…
de estar só
de ser apenas eu
e esta maldita morte
que não me larga o pensamento
que um dia quis ser livre.
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