amanhã acabo
o que falta pintar
do quarto onde me morro
atávico cantinho deplorável
de morrer sozinho
pequeno
húmido
como a memória de ontem
esqueceu as servidões
dos medos
do cheiro de café dos avós
na taberna
o cheiro a enxofre
colhe o saber de chofre
não há fim neste caminho
nem no pergaminho
do poeta
mais incauto
lembraste-me
que não posso morrer fora daqui
forrei as janelas
cega-me depender delas
tranquei a porta por fora
não aguento mais a demora
de não saber
viver
de ainda não saber...
cheira-me a café
de cafeteira
e.m.
cheiro a café de cafeteira... adoooro. só tu e o teu talento para conseguires perturbar este equilíbrio.
ResponderEliminarestás cá com um estilo gótico-torturado, enfim... desconcertante... a começar pelo nome do blog e a acabar neste último post.
o poeta perturbado. ou o serial killer?
será que os teus vizinhos estão seguros?
PS. deixa crescer o cabelo. compra eyeliner preto.
PS1. adoro-te.
Café de cafeteira é dos melhores cheiros do mundo... e bolo quentinho.
ResponderEliminarO cheiro do cafe de cafeteira e um pão quente pela manhã :)
ResponderEliminar