O velho segredou
a antiga verdade
que a liberdade
nunca gostou
seremos livres
quando os homens souberem
a que sabe o amargo
da inóspita alegria
de quem nos defendia
[errata] de quem nos comia
a própria mão que nos acaricia
de navalha no bolso
o velho mata
a fome dos novos
olha-se nos olhos
os gritos mudos dos amantes
mentem os sorrisos
as vaidades errantes
da pequenez dos governantes
coseram mal as asas
descolam-se do corpo
quando pinga o suor
daquele que tentou voar
daquele que tentou viver
acabou por morrer
por não saber cair
acabou por morrer
por não saber
efrem miranda
A lição está aí: o saber não ocupa lugar.
ResponderEliminarO meu pai tinha sempre uma navalha na algibeira; para cortar um pão, o queijo, um bocadinho de chouriço...
ResponderEliminarAgora a navalha é minha; está guardada; é um dos meus tesouros.
O meu avô também a tinha e muitas vezes me cortou melancia com ela. Esse cuidado também é um tesouro que guardo na memória
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