terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Levar o amor num cartucho de castanhas

levanto-me neste vento  
que me augura o inverno
são memórias  no caderno
os desejos que invento

logo ontem que te vi nua
na sobranceira esquina
imagem da minha ruína
a mulher que se insinua

mulher que apreças o sexo
não é depressa, tem preço
inflamares o meu reflexo

seremos mais um, de outro
ou mais outro,  mais que um
amor, que nunca é neutro



E.M. Valmont

2 comentários:

  1. Caro Valmont, adorei o soneto!
    Resto de boa (má) semana
    :X. D

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    1. Caríssima M D Roque. Muito obrigado pelas tuas palavras. Uma boa semana também para ti.

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