Eu vi o céu a abrir-se à tua
passagem, e com aquele exibicionismo barato, vi o brilho que reflectia dos teus
olhos. Talvez por não ser capaz de tal façanha, atacou-me o ciúme de saber que
não chego primeiro ao cume, mesmo recorrendo à manha empertigada de fazer
batota. Diz-me, como querias que um homem sem cabelo, fizesse de Sansão, e à
força bruta das mãos rasgasse o céu com a mesma leveza que te levantou o véu? Custa-me
que sejas capaz de me trocar por tais banalidades, que abrir o céu, não é maior
que jurar amor eterno e por mais terno que te parece esse gingão de céu, eu
também posso parecer bem-parecido, se para isso tiver que usar chapéu.
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