Vem de trás a mania de trazer o
que já não faz falta. Vem de trás a vontade de parar, de pé em riste a fazer a
falta, deixar o tempo coxo até ficar roxo, numa maca esquecido à espera que lhe
deem alta. De tanto olhar para trás, não fui capaz de perceber que vem sempre do
passado a vontade de lamber as feridas, esquecê-las em cinzas depois de
ardidas. Lembro-me da linha que me trouxe até aqui e eu hoje sei que não quis
ser ninguém, que vem do passado a história que um homem tem e não é de hoje a
vontade de ter nascido em Jerusalém ou ainda mais além, que na história o que a
distância pode tirar à vista ficará para sempre na memória.
Prefiro Jaffa. É lá que me sinto em casa.
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